quarta-feira, 18 de maio de 2011

Para Onde Iremos?

Aqui estou eu, sentada num banco de cimento, em alguma praça na frente de alguma igreja. A noite é chuvosa, e agora o relógio mostra que faltam alguns minutos para a meia-noite. A chuva lá fora diminuiu, mas está chovendo aqui dentro – uma chuva de queixas, dúvidas, incertezas, insegurança e desgosto. Medo de enfrentar o futuro. Para dizer a verdade, o que tenho é uma tormenta dentro de mim. Por vezes, parece que vou me afogar.
Por que sou tão vulnerável? Onde está minha auto-suficiência? Sinto uma atração incrível por coisas difíceis, impossíveis, singulares. Gosto de desafios; contudo, aqui estou, sentada neste banco de praça, como se não tivesse um lugar aonde ir, mas ainda assim consciente de que preciso ir. Embora o Sol não apareça, embora a água transborde, preciso ir.
Existe alguém que me entenda? Preciso ir, mas para onde? Para a segurança de um lar feliz? Isso existe? Para um lugar de paz e conforto? Onde encontro isso? Para os braços de alguém que me ame mais do que a própria vida? Isso me faria feliz? Iria para a vida agitada daqueles que aproveitam cada segundo da existência em orgias e prazeres? Aqui, dentro de mim, existe apenas um mar de lágrimas. Afinal de contas, viver para quê?
Quando não encontro solução para nenhuma dessas alternativas, quando o vazio continua no coração que já experimentou de tudo, quando me decepcionei com tudo e não mais desejo viver, preciso admitir que Cristo, naquela cruz, é a única coisa que me motiva a prosseguir. Vou em frente a despeito das tempestades de verão, que temporariamente cobrem de nuvens o brilho da minha vida.
Sem o Sol, a natureza morre; sem Cristo, a esperança desaparece. Ele é o Sol da Justiça, o Sol que me aquece!
As multidões vão de um lugar para outro, com pressa de chegar aonde cheguei. Mas tenho certeza de que não chegaria a lugar nenhum se não houvesse reconhecido a Cristo como o caminho único. Eu não sabia que era inútil correr pelos caminhos do mundo, até que o temporal chegou e precisei segurar-Lhe a mão, que sempre esteve lá, estendida para mim. É mediante a graça do Pai que podemos andar de mãos dadas com Jesus durante as tormentas da vida!